"Quando te encontrei você ainda era semente, ainda era uma menina que estampava o esboço da mulher que iria ser. Ainda tinha aquele olhar puro, virava para os lados quando estava com vergonha, engolia em seco quando eu dizia algo mais ousado. Hoje já é uma mulher, uma semente que deu frutos maravilhosos, uma rosa que desabrochou lançando ao mundo todo o seu amor.
Quando volto àquele banco que nos sentamos pela primeira vez, parece que tudo volta do ponto onde tudo começou. Quando você me olhou querendo correr, quando suspirou querendo me conhecer, quando reprimiu o riso quando na verdade queria o meu sorriso no seu. Você estava linda como o amanhecer em meio às montanhas, tão intrigante como a madrugada que é iluminada pelas estrelas. Pois pra mim você sempre seria isso: a estrela que fazia a minha se iluminar, o sol que faria minha plantação iniciar, a flor que fazia do meu jardim o mais lindo de todos.
Só que com o tempo tudo passou, e nosso amor se distanciou. Outras pessoas apareceram, e tudo se tornou frio. Seco como o deserto dos meus sentimentos, como as árvores plantadas de todos os meus beijos que não me faziam florir. Eu só queria que não existisse esses espinhos que me separam de você. Que não existisse essa terra proibida que meu coração não pode habitar. Esses joguinhos sem sentidos, esse vai e volta que vai a lugar nenhum.
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É como um sonho encantado e como um pesadelo não acordado. Te vejo naquela floricultura que nos conhecemos. Você atrás de várias flores, e eu, preparado para plantar. Você sorri e seus olhos viram girassois. Eu seguro sua mão e algo desabrocha de novo. Mais uma vez. Dessa vez de um jeito puro. Sem pessoas interferindo e ervas daninhas nos impedido de ir além. Porque essa sempre foi a verdade: mesmo em meio a outras flores, você é a única que me fazia florir. O único riso que me fazia sorrir. Cada batida do meu coração sussurra sua voz. Cada canto do meu jardim tem uma placa com seu nome esperando para ser plantado." - Said.
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